Na última semana, anunciamos a inauguração da Ala KLB, uma homenagem ao trio de músicos tão envolvido com causas sociais. A ligação do KLB com a Casa Hope aconteceu por intermédio de uma pessoa muito querida da instituição: a Cristina Laus. Assim como é o caso das centenas de crianças e adolescentes que passam pela entidade, a história da Cris, 36 anos, é de muita luta e superação.
Em 1997, a catarinense de Canelinhas foi diagnosticada com câncer de tireoide. Porém, o tratamento não foi realizado corretamente, e houve recidiva. Cris precisaria ter feito a terapia com iodo radioativo, um procedimento não efetuado pelos médicos que a atenderam em Santa Catarina. A situação ficou ainda mais complicada porque ela sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), o que a levou a ficar dois meses sem sair de seu quarto.
Foi então que Cris ouviu uma música que mudou a sua vida. “Escutei o KLB na televisão da sala e me encantei com a banda. Foram eles que me fizeram sair do quarto apenas para assisti-los tocar”, conta. “Depois de um mês soube que o grupo ia fazer um show em São Paulo e pedi para minha mãe me levar. Para ela, aquilo foi a redenção”.
A fã dos irmãos já os conheceu no primeiro show e passou a acompanhar suas apresentações por diversas cidades brasileiras. Ao mesmo tempo, começou a se tratar em São Paulo, onde descobriu que havia ocorrido metástase do câncer. No total, Cris retirou 45 linfonodos, 11 deles malignos, sendo que o maior já estava comprimindo a veia aorta. “Mais seis meses e eu não teria salvação”, relata. Foram 10 anos indo e voltando de hospitais, até finalmente conseguir se curar. Ela chegou a pesar 120 kg. Hoje, pesa 70 kg e está com o TOC estável.
Durante esse processo, Cris teve o grande apoio do KLB e de sua família, que se tornaram seus amigos e a ajudaram a ter estrutura psicológica para seguir em frente com o tratamento. A catarinense também queria uma forma de agradecer a Deus pela oportunidade de sua cura. Foi assim que organizou uma festa para os hóspedes da Casa Hope, onde uma amiga estagiava. “Foi um sonho, uma festa linda”, relembra.
Encantada com o trabalho da instituição, Cris convidou Leandro para conhecê-la. “Fiquei muito feliz com a ajuda que ele deu pra Casa Hope, porque é como se eu estivesse ajudando também”. A festa de homenagem aos irmãos também foi organizada com o auxílio da fã. “Patch Adams dizia que os comprimidos aliviam a dor, mas só o amor alivia o sofrimento. Eu vivi tudo isso e sei que o amor que vocês dão para essas famílias é uma coisa fantástica”.
Àqueles que estão passando por uma grande luta, ela aconselha: “tenham muita fé, que Deus tem um propósito para tudo. Nunca deixem de lutar, pois a vitória sempre vem”.
A Casa Hope agradece o carinho e o apoio dessa amiga tão especial!